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sábado, 18 de julho de 2015

Falta de água persiste em Cuiabá




Problemas no abastecimento de água continuam a atingir os moradores dos bairros em Cuiabá.  Sem o líquido precioso nas torneiras, o cenário de máquina cheia de roupa suja, pia com muita louça para lavar, se repete nas residências.

Um exemplo ocorre com a manicure Antonia Correa, 35, do Jardim União. Ela relata que os moradores estão tendo que se virar como podem para realizar tarefas corriqueiras de higiene e alimentação. “Quando a água chega às torneiras ela não tem força para subir na caixa, pois está muito fraca. Não estamos mais aguentando essa situação”. 

Já Maria Santana, 27, representante comercial, do Planalto frisa que virou rotina as pessoas sofrerem com o desabastecimento de água. Ela reclama que os usurários pagam uma alta tarifa e a CAB não é punida pelo transtorno causado à população. “Estou pagando por uma coisa que não estou utilizando. Eu tenho três filhos e não tenho água na minha casa. Não dá para ficar sem água”, declarou a moradora.

De acordo com a dona de casa Juliana Soares Pinho, 49, do Jardim Florianópolis, o abastecimento na região sempre foi precário e o serviço nunca foi bom. Situação pior é enfrentada por Nilza Glória da Silva Costa, 40, dona de casa do Altos da Glória. Com tristeza, relata que é mãe de dois filhos com necessidades especiais e sobrevive de pequenos bicos. “A água nunca vem aqui na nossa rua. Deixei de pagar faz tempo, que nem sei mais o valor dos débitos. Para garantir os reservatórios cheios utilizo uma ligação no encanamento da minha vizinha que tem poço artesiano”. 

O serviço essencial lidera o ranking de reclamações no Procon Estadual e Municipal. Nos primeiros seis meses de 2015, o órgão realizou 277 atendimentos relacionados ao desrespeito ao consumidor e ausência de padrão de qualidade. Os dados constam no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec). 

Salvação 

Com garrafões, baldes e outros utensílios domésticos moradores da região do CPA IV e de comunidades vizinhas peregrinam até uma bica pública que fica na entrada do 1º de Março. Muitos transportam água por quilômetros para suprir necessidades básicas como tomar banho, cozinhar, limpar a casa e lavar roupas. 
“ Essa bica é a nossa salvação. Se ela não existisse teríamos de comprar água”, analisa Maria Antônia de Jesus Silva, moradora da 1ª etapa do CPA IV. 

Mais cobranças

A prestação de serviços também é questionada pelos vereadores de Cuiabá. Toninho de Souza (PSD) afirma que a população não sente que tem 100% de abastecimento que a concessionária diz.  “Em verdade, a população cuiabana quer água nas torneiras, então há um grande contrassenso perante aquilo que afirma a CAB e que sente a população”, cutuca o vereador.

Já Dilemário Alencar (PTB) lamenta o fato de a CAB assegurar que a água chega a todas as residências de Cuiabá, permanentemente. “Mas não é isso que nós sentimos nos bairros de Cuiabá”, dispara Alencar, que cobra mais fiscalização da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec). Para o parlamentar,a população cuiabana não pode mais ficar a mercê da falta de água, ela precisa ser respeitada.

Toninho de Souza pontuou que a Arsec está preparando um relatório e será um ponto fundamental. “A Agência com seus diretores independentes irá preparar este relatório e entregar nas mãos do prefeito Mauro Mendes com a realidade absoluta da água em Cuiabá”, citou Toninho.   Ele avalia que os próximos dias serão decisivos para a concessionária e para o futuro do abastecimento de água em Cuiabá.

O assunto foi tema de muita discussão durante sabatina ao presidente da CAB, Antônio Carlos Ribas Dallalana, realizado no mês passado. Na ocasião foram tiradas dúvidas equestionado a prestação de serviços pelos vereadores.
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