4Blogs - Agregador de conteúdo

sábado, 18 de julho de 2015

Apreensões de drogas em MT crescem 320%




As apreensões de droga aumentaram 320% nas rodovias federais de Mato Grosso em 2015 em comparação ao mesmo período de 2014. Conforme levantamento da Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso (PRF-MT), as apreensões de cocaína aumentaram 350% enquanto que as de maconha apresentaram um percentual de 230% a mais do que no ano passado. Somente neste primeiro semestre os policiais rodoviários apreenderam 1.086,418 kg de cocaína e 415,326 kg de maconha.

O chefe do núcleo de Comunicação Social da PRF/MT, Evandro Augusto Machado explica que os pontos mais críticos são a região de Cáceres e Pontes e Lacerda, áreas de fronteira com a Bolívia. Ele frisa, porém que não se pode deixar de considerar todos os outros pontos, pois são vias para o escoamento dessas drogas para outros estados. 
“A cocaína sai da Bolívia e entra no Brasil pelos municípios de Pontes e Lacerda ou Cáceres, pelas BR's 174 e 070 e seguem para a região sul, sudeste e nordeste do país, e para o exterior pelo Porto de Santos ou via aérea. Já a maconha entra no estado por Mato Grosso do Sul nas BR's 163/364 e tem como destino o norte do país. Ou pela 163 para o PA, ou pela 174, em direção a RO”.

 O Brasil soma quase 17 mil quilômetros de faixa de fronteira que o separa de outros dez países, atravessando, de norte a sul, 11 estados brasileiros. Tais regiões, na maioria das vezes formadas por estradas vicinais, se constituíram em vias de entrada e saída de bens e produtos oriundos de crimes, que tem como conseqüência o aumento da criminalidade em diversos estados. 

O tráfico de drogas é um dos principais gargalos enfrentados pela Segurança Pública na faixa de fronteira, que reflete diretamente no aumento de outros crimes como homicídio, roubo e furto. 

O policial federal Evandro Machado enfatiza que para diminuir as apreensões só a educação, pois a redução da apreensão está diretamente ligada à diminuição do transporte da droga. Ele revela que a PRF tem policiais treinados, inclusive com Grupo de Operações com Cães farejadores, então, enquanto o tráfico persistir, as apreensões tendem a aumentar. “A expertise da PRF como instituição que mais apreende drogas no Brasil tende a ficar cada vez mais qualificada. Aguardamos novos policiais do último concurso para que possamos acrescentar qualidade no combate ao tráfico de drogas”.

Machado pontua que durante as apreensões é comum encontrar drogas escondidas em carros de passeio debaixo do assento, no painel, no tanque de combustível, nas portas, no pára-choque, onde o traficante "monta" o carro na fronteira e se arrisca na BR até o destino. “Isso para a cocaína. Já a maconha, é muito comum encontrarmos em ônibus. Muitas vezes de posse de menores de idade que escondem na mochila ou mala no bagageiro. Levam ao norte do país porque lá o valor de venda é até 10 vezes maior em relação ao estado do MS ou PR, origem do transporte desta droga”, salienta o policial. Mato Grosso é um dos principais alvos das quadrilhas como rota para o narcotráfico. 
Além de Cuiabá, Cáceres, Pontes e Lacerda e Campo Novo do Parecis são os municípios que mais têm sido utilizados como via de acesso para transporte da mercadoria, pelo fácil acesso à região fronteiriça com a Bolívia.

Crimes

Dados da Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar mostram que os crimes de tráfico ilícito e uso indevido de drogas estão entre os dez principais assuntos processuais do Estado. Eles ocupam a 6ª colocação com 4.578 inquéritos policiais. Além disso, em comparativo aos cinco primeiros meses do ano, de 2014 e 2015, houve um aumento de 76,8% de apreensões de drogas em todo Mato Grosso

Falta de água persiste em Cuiabá




Problemas no abastecimento de água continuam a atingir os moradores dos bairros em Cuiabá.  Sem o líquido precioso nas torneiras, o cenário de máquina cheia de roupa suja, pia com muita louça para lavar, se repete nas residências.

Um exemplo ocorre com a manicure Antonia Correa, 35, do Jardim União. Ela relata que os moradores estão tendo que se virar como podem para realizar tarefas corriqueiras de higiene e alimentação. “Quando a água chega às torneiras ela não tem força para subir na caixa, pois está muito fraca. Não estamos mais aguentando essa situação”. 

Já Maria Santana, 27, representante comercial, do Planalto frisa que virou rotina as pessoas sofrerem com o desabastecimento de água. Ela reclama que os usurários pagam uma alta tarifa e a CAB não é punida pelo transtorno causado à população. “Estou pagando por uma coisa que não estou utilizando. Eu tenho três filhos e não tenho água na minha casa. Não dá para ficar sem água”, declarou a moradora.

De acordo com a dona de casa Juliana Soares Pinho, 49, do Jardim Florianópolis, o abastecimento na região sempre foi precário e o serviço nunca foi bom. Situação pior é enfrentada por Nilza Glória da Silva Costa, 40, dona de casa do Altos da Glória. Com tristeza, relata que é mãe de dois filhos com necessidades especiais e sobrevive de pequenos bicos. “A água nunca vem aqui na nossa rua. Deixei de pagar faz tempo, que nem sei mais o valor dos débitos. Para garantir os reservatórios cheios utilizo uma ligação no encanamento da minha vizinha que tem poço artesiano”. 

O serviço essencial lidera o ranking de reclamações no Procon Estadual e Municipal. Nos primeiros seis meses de 2015, o órgão realizou 277 atendimentos relacionados ao desrespeito ao consumidor e ausência de padrão de qualidade. Os dados constam no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec). 

Salvação 

Com garrafões, baldes e outros utensílios domésticos moradores da região do CPA IV e de comunidades vizinhas peregrinam até uma bica pública que fica na entrada do 1º de Março. Muitos transportam água por quilômetros para suprir necessidades básicas como tomar banho, cozinhar, limpar a casa e lavar roupas. 
“ Essa bica é a nossa salvação. Se ela não existisse teríamos de comprar água”, analisa Maria Antônia de Jesus Silva, moradora da 1ª etapa do CPA IV. 

Mais cobranças

A prestação de serviços também é questionada pelos vereadores de Cuiabá. Toninho de Souza (PSD) afirma que a população não sente que tem 100% de abastecimento que a concessionária diz.  “Em verdade, a população cuiabana quer água nas torneiras, então há um grande contrassenso perante aquilo que afirma a CAB e que sente a população”, cutuca o vereador.

Já Dilemário Alencar (PTB) lamenta o fato de a CAB assegurar que a água chega a todas as residências de Cuiabá, permanentemente. “Mas não é isso que nós sentimos nos bairros de Cuiabá”, dispara Alencar, que cobra mais fiscalização da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec). Para o parlamentar,a população cuiabana não pode mais ficar a mercê da falta de água, ela precisa ser respeitada.

Toninho de Souza pontuou que a Arsec está preparando um relatório e será um ponto fundamental. “A Agência com seus diretores independentes irá preparar este relatório e entregar nas mãos do prefeito Mauro Mendes com a realidade absoluta da água em Cuiabá”, citou Toninho.   Ele avalia que os próximos dias serão decisivos para a concessionária e para o futuro do abastecimento de água em Cuiabá.

O assunto foi tema de muita discussão durante sabatina ao presidente da CAB, Antônio Carlos Ribas Dallalana, realizado no mês passado. Na ocasião foram tiradas dúvidas equestionado a prestação de serviços pelos vereadores.
Postagens mais antigas → Página inicial